O detalhe é que quem faz a Joan Jett é ninguém menos que a fofíssima Crepúsculo-girl Kristen Stewart. Eis então o motivo de tornar justificável o meu modesto título.
Embora essa atriz fuja do estereótipo Barbie loirinha do olho azul, ela continua integrando o time das mocinhas fofinhas de filme infanto-juvenil. Quando vi que era ela quem ia fazer o papel de uma adolescente roqueira lésbica e drogada, de cara apostei que seria piada. Mas bastaram as primeiras cenas pra que eu me retratasse do erro. A crepúscula definitivamente conseguiu se auto-exorcizar, e está fantástica na interpretação.
Outra que teve bom desempenho foi a Dakota Fanning, a despeito da sua carinha de anjo (a Cherrie Currie original era bem mais agressive rock’n roller). Aliás, tive que bancar a tia e largar um “nossa, como ela cresceu!” porque a gente lembra dela quando criança, e agora vê a menina de espartilho e cinta-liga apavorando no punk rock.
Ao final das contas, o filme não é só interessante por colocar em evidência uma banda de adolescentes que deixou um bom legado musical. É especial também por ter retratado uma época diferente, acabando por esculachar essa geração atual teen/jovem meio abobada.
Confesso que, de leve, gosto do caos - e vai ser engraçado ver a revolta da geração teenager-fofa com a sua ídola crepúscula travestida de punk hard rocker, cheirando pó e dando uns pegas na Dakota Fanning.
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Trailler do filme: http://www.youtube.com/watch?v=OTpdXKocacQ