segunda-feira, 28 de julho de 2008

O chamado Feeling Para a Coisa...

Uns têm, outros não. Mas por quê? O que leva uns a ter maior habilidade? Maior perspicácia, maior capacidade para lidar com a coisa? Quero dizer, a coisa da vida, o cotidiano, a existência em si. O poder de se sair bem nas mais variadas situações.
Generalizadamente, temos mais dificuldades do que facilidades. Costumamos reconhecer – ainda que somente para nós mesmos – nossas fraquezas e anseios de sermos melhores e de errarmos menos. Nos decepcionamos ao cometer alguma falha, e usualmente prometemo-nos não tornar a repeti-la. Ou seja, desejamos evoluir. Logo, essa habilidade dá-se em cada indivíduo não porque este não racionaliza a necessidade de lidar com a coisa, mas sim porque ele simplesmente age. Ou seja, põe em prática tal necessidade de fazer melhor da próxima vez. E o faz.

Creio então que o feeling para a coisa seja uma virtude adquirida ao longo da vida; assim como creio que haja os que já nascem com habilidades privilegiadas.
Estes últimos são os incontestavelmente bons na coisa. São aqueles que chamam a atenção de todos para seus talentos diferenciados, desde criancinhas: o fantástico ator, a afinadíssima cantora, o gostosão que é o terror das menininhas.

Melhor ainda são os que acrescentam às suas capacidades naturais o conhecimento adquirido, o que na verdade acontece em grande proporção, já que, afinal, todos temos talentos. A diferença é que uns os desenvolvem, outros não.

Entretanto os primeiros, aqueles que adquirem o feeling em virtude do que vivenciam, também me chamam certa atenção. Mas só porque entra aí uma questão de superação, e de desejo de se dar bem naquilo. Este anseio por descobrir, aprender e explorar capacidades desconhecidas é quase que incansavelmente empolgante.

Talvez seja por isso que eu, que nem de longe fui a aluna nota dez em matemática, esteja cursando uma engenharia...

Um comentário:

Unknown disse...

palmas pra você! ":D

Eu nunca tive habilidades excepcionais em nada quando era criança...
Aliás, talvez em mentir. Mas mentir porque eu realmente acreditava no que eu imaginava! Isso me torna um mentiroso? o.o'

Pior... Lá pelos meus 7-8 anos eu tive um diabo e um AVC que me fez ficar com o lado esquerdo completamente paralisado por uma semana, mais ou menos, e desde então a força nunca voltou ao normal. Eu sempre fui impulsionado a gostar de esportes radicais, principalmente skateboarding. Mas quando eu criei coragem pra pedir um a minha mãe, era tarde demais. E eu não a culpo! Qual reação uma mãe teria se um filho recém recuperado[praticamente por milagre] de um derrame cerebral viesse pedindo um skate?

É... Não foi nada legal ter que me contentar com outras opções quando na verdade meu desejo era bem específico.
Mas aí eu cresci, consegui fazer meu próprio dinheiro e qual a primeira coisa que eu me compro? Há! Um SKATE, SIM!!! E ando felizmente há 6 anos, e por mais que eu tenha provas físicas de que jamais vou poder ter o mesmo desempenho que as pessoas normais, nunca desisto de ir mais além, de subir mais, de desafiar sempre mais os limites que me foram impostos por uma ligeira falta de oxigenação em algumas células do meu cérebro.